Mochila de Guerreiro é assim. Mata aranha e guarda o loot dentro dela!
15 minutos de sessão de RPG. Primeiro combate.
Um ninho de aranhas da tumba.
Bichinhos asquerosos e safados. Possuíam um veneno que aos poucos transformavam
as vítimas em mortos-vivos “teiosos” E os que tinham azar de não morrer e eram
envenenados, viravam temporariamente “mortos-vivos” até que o efeito do veneno
acabar-se.
Depois do combate, a clériga do
grupo se encarregou de ver a situação dos feridos. Coitada da clériga. Sofria
na mão do grupo por ser a última em entrar em combate e só dar azar na hora das
magias de cura. Eram sempre curas mínimas. Mas dessa vez seria diferente. Ela
olhou o bárbaro todo ferido, invocou o poder dos deuses e veio o máximo de cura
que podia dar.
Explicar uma coisinha antes para
os leigos: Todo morto-vivo é feito de energia negativa e toda cura é energia
positiva, logo magias de curas destroem mortos vivos. Adivinha quem estava
envenenado? Nosso querido bárbaro, aquele que recebeu cura máxima da clériga,
ou seja, morreu numa explosão de sangue e carne.
Claro que o jogador do personagem
bárbaro, nosso querido amigo Jebedaia (aniversariante de hoje. Parabéns!),
ficou revoltado, com a morte, com a clériga e em ter que esperar mais 4 horas
para ir embora, porque ele ia dar carona pro mestre para casa, já que só tinha
15 minutos de sessão. Eu, o mestre, abri uma exceção: “Faça outro personagem
enquanto isso. Quando tiver pronto, a gente faz a introdução e você volta a
jogar.”
E ele veio com a ideia mais “original”
de todas: “Vou fazer um personagem que era irmão gêmeo do que morreu e ele
aparece para vingar a morte dele.” Aí, 1 hora depois, quando ele apagou o nome
do personagem da ficha e mexeu no que não gostava (uns 25% da ficha), Jebedaia
estava pronto para jogar. Segundo ele, quando me mostrou a ficha, “faltava
comprar alguns itens básicos, nada mágico ou arma, essas coisas, corda, óleo.”
Dei uma passada de olho na ficha, fizemos a introdução e deixei ele jogar
novamente na sessão. Eu disse para mim
mesmo: “Tá faltando só as coisas básicas, né, mochila, cantil, comida, num
intervalo de sessão, dou uma nova olhada no que ele comprou.” Meu erro.
Antes do intervalo, eles entram
numa sala da masmorra, que era uma sala de jantar. O grupo meio que ignorou a
sala, menos a ladina, que percebeu o valor em ouro dos pratos e talheres de lá.
Enquanto informava os espólios que ela conseguia, perguntei ao grupo o que eles
iam fazer. Aí, escuto meio baixinho o “novo” bárbaro dizendo que ia levar o
candelabro. Aviso a ele que ele tenta apagar o candelabro e ele não se apaga. O
outro guerreiro “clérigo” do grupo avisa a ele, que era um candelabro mágico,
que a chama dele nunca se apaga.
O que o bárbaro de Jebedaia faz?
Coloca o candelabro ACESO dentro da MOCHILA!
Eu, o mestre: “Cara, sua mochila
está em chamas, o que tinha lá dentro pega fogo e/ou cai. Jebedaia, o que seu
personagem tem na mochila”
Jebedaia: “Na mochila eu tenho 3
cavalos de guerra...”
Depois de meia hora de risadas
incontroláveis e fim da sessão, ele explicou que achava que a parte da ficha
onde ele anotava os equipamentos era A MOCHILA. Não adiantava mais.
Assim surgiu a lenda dos “3
cavalos de guerra na mochila”.