terça-feira, 29 de julho de 2014

Crônicas I - Campanha Lordes de Scornubel, Introdução

Porto de Waterdeep, ao entardecer.

Atualização em 11/08/15 - Confira o verdadeiro prólogo da Campanha Lordes de Scornubel aqui!
Leia aí a introdução e esse pequeno texto depois dela, depois de uma organização, será o capítulo 2!

Confira o capítulo 1 - "Areias do Passado" nos links abaixo:
Parte 1
Parte 2
Parte 3

Olá, estamos voltando a esse canto guardado e coberto de teias de aranha...
Mas estamos voltando para trazer de uma forma legal (leia-se: me forçando a voltar a escrever), resumos das sessões das campanhas - sejam feitas por mim originalmente ou utilizando algumas aventuras prontas - que ando mestrando. Isso é um teste que tem como objetivo aumentar o interesse e a interação dos jogadores, amigos e leitores de fantasia medieval.

Nossa pequena crônica de hoje, trata-se da história principal que atualmente narro. Ela se chama "Lordes de Scornubel" (depois vocês entenderão o motivo), realizada no cenário de Campanha Forgotten Realms (Reinos Esquecidos para os leitores na língua PT-BR), no sistema de jogo Dungeons & Dragons 3.5 - D&D 3.5 para resumir.

Antes de começarmos, deixo meus agradecimentos aos jogadores iniciais dessa campanha - Thâmara, Gerge, Gabriel, Matheus Panda, Will, Hugo, Thomás, Joaquim, Cyndia e Gabi (é, mestro para muita gente!) - que ajudaram a construir esse "mundo" com suas histórias e principalmente, com os conflitos pessoais dos personagens, que chamamos carinhosamente de tretas!

"...Em um outro universo..."

A praça Cannith estava movimentada desde cedo. Era tanto um ponto central de encontro quanto ponte flutuante, ligando duas torres flutuantes repletas de lojas a uma terceira torre, sede da Casa Cannith, a portadora da marca dracônica da Criação, na grande cidade de torres flutuantes de Sharn. Quem passava de frente dessa torre e observava o símbolo no topo de seu portão, um touro metálico, sabia que ali se encontrava uma família mágica imponente.

Poucos verdadeiramente sabiam o que significava a marca dracônica, um artefato que possibilitava um monopólio mágico do poder que ela possuía. Ainda menos pessoas sabiam que a Casa Cannith, com o poder da Criação, produziam itens cada vez mais perfeitos. Todos os criadores mundanos ou mágicos lhe deviam alguma vassalagem.

O jovem Bruce, popularmente conhecido como "Marretão", ignorava tudo isso. E ainda mais, com sua habilidade de forjaria, ousava criar itens na oficina de seu mestre, com o objetivo de superar a qualidade dos itens canithianos. Isso não seria suportado por muito tempo, logo foi um erro quando ele se dirigiu àquela praça.

Aproveitando todo o movimento de vendedores e clientes, Bruce procurava uma nova forjaria para trabalhar. Seu mestre tinha lhe dispensado depois de um grande serviço, um projeto de fabricação de peças para um novo equipamento de combate, e suas moedas de prata estavam acabando. Ao invés de arrumar um novo emprego, ele chamou a atenção dos guardas da Casa. A pequena discussão caminhava rapidamente em direção de ser tornar uma briga física, mas tremores sacudiram a praça.

O céu pareceu se rasgar, criando um vórtice luminoso, cuja força arrancou as torres do lugar e as atraiu para si. Logo, esse rasgo de realidade começou a puxar cada vez mais forte, arrancando Bruce do chão e o levando para a morte certa...

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Rengar era um exilado. Um andarilho das savanas do Shar. Um viajante buscando um novo sentido de vida. Estava contrariando seus instintos raciais, seu sangue vindo do povo gato. Um humanoide felino abandonando seu clã por uma injustiça. Buscando uma caçada que o fizesse esquecer dos problemas do passado.

Uma pequena vila humana em chamas, vários mortos, algumas mulheres sequestradas. Sede de justiça. Algumas horas de perseguição levaram aos captores, um grupo de humanoides com sangue e traços demoníacos. Eram muitos, mas aquelas mulheres não mereciam seu futuro destino. Rengar apenas precisava do momento certo para utilizar seus talentos mágicos conjugados com sua lâmina. A oportunidade veio ao anoitecer.

Ele e seus inimigos foram surpreendidos por um clarão luminoso enorme na escuridão do céu. Pouco depois, um estrondo enorme e o que parecia ser uma torre de pedra caia do céu a vários quilômetros de distância. Rengar se concentrou e ignorou a cena o melhor que conseguiu. Vidas corriam riscos. O felino avançou e conseguiu derrubar alguns dos inimigos, mas logo a distração não funcionava mais. Ele foi acossado de todos os lados e veria a morte chegar. Rengar sentia o chão tremer, mas a torre que caia do alto estava muito longe. Aquele que ia matá-lo, teve sua cabeça atravessada por um machado. Rengar estava salvo, ele e as mulheres. Uma tropa reluzente de anões montados em pôneis de combate exterminaram os seres demoníacos. Mas Rengar estava enganado, os anões dourados não eram seus salvadores, eram seus novos captores."


Continua... História baseada nas sessões 1 - "Batismo de Fogo" e 2 - "Encontros Inesperados".

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