sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Metajogo II - Interpretação


Metajogo - Para aqueles assuntos de regras de RPG, mas principalmente, o além das regras.


Como eu resumi muito tempo atrás... Esqueceu? Está aqui!!
...RPG, num esquema seria:

(Interpretação + Jogo + Imaginação) = Diversão.

Falemos sobre o 1º item, então:

INTERPRETAÇÃO

Querendo se vestir como seu personagem? É legal, mas é opcional!

Sendo o mais resumido possível, na minha opinião, interpretar é arte de representar um personagem, seja no teatro, na televisão, num filme - alguns interpretam na vida, mas não vem ao caso - e no caso do RPG, o jogador é o intérprete do seu personagem.

Sim, RolePlayingGame tem muitas semelhanças com o teatro, mas é diferente de um. Para entender melhor, vamos as diferenças. Peço logo minhas desculpas aos atores, diretores e teatrólogos caso eu escreva alguma besteira sobre o teatro. Aqui, as opiniões são no senso comum mesmo!

A) No Teatro, as apresentações são baseadas numa peça, num roteiro.
B) Os personagens da peça ou da obra são atores ou figurantes.
C) Existem os protagonistas (personagens principais) e os antagonistas (personagens cujas trajetórias interferem no desenvolvimento dos personagens principais).
D) Cada grande obra representada no teatro tem por detrás dela um escritor, um roteirista (caso ela seja adaptada de um livro) e um diretor.
E) Toda apresentação tem começo, meio e fim imutável.
F) Como é imutável, a não ser que seja uma obra que sejam permitidas improvisos, todas as apresentações vão seguir o mesmo roteiro.
G) Na peça, junto com os atores, estão lá os cenários, os bastidores, os efeitos sonoros, os jogos de luzes e outras ferramentas.
H) O teatro é para ser visto. É feito para fazer sua audiência, seus espectadores rirem, chorarem, etc, em resumo, se emocionarem e se conectarem de alguma forma com a obra.

Beleza, entendi. E agora, como funciona no RPG?

1) No RPG, as apresentações são Aventuras baseadas numa peça, num roteiro. Os Rpgistas chamam essa peça ou roteiro de Campanha.
2) Os personagens da obra são os personagens criadas pelos Jogadores e pelo Narrador/Mestre da campanha.
3) Grande parte dos Personagens Principais da história são os interpretados pelos jogadores. Um ou alguns jogadores podem ser temporariamente ou permanentemente o antagonista da aventura, mas normalmente, isso fica por conta do Narrador, assim como personagens aliados e figurantes da história, chamados de NPCs (no inglês, No Player's Characters; no nosso bom português, numa tradução literal, personagens que não são feitos pelos jogadores). NPCs são outros personagens da história, cuja administração fica por conta do Narrador.
4) O Narrador tem o papel conjunto de escritor - ele que decide a temática da aventura e da campanha - de roteirista - ele escolhe qual sistema de regra e cenário empregar, aqueles mais adequados para a campanha - e diretor - baseado nas ações dos jogadores, escolhe o caminho mais adequado para onde a aventura deve prosseguir.
5) Toda aventura tem seu início, situações de clímax e um final provavelmente planejado. O importante é que tudo isso é mutável. Qualquer aventura pode mudar completamente em qualquer ponto, já que a história uma construção tanto do Narrador quanto dos jogadores; depende das ações dos jogadores a sequência; a sorte e/ou azar (prefiro chamar de aleatoriedade) também interferem no que acontece.
6) Logo, a história de toda aventura muda, se transforma. Se a história for boa, a aventura sempre é diferente.
7) O cenário é a IMAGINAÇÃO (falaremos nela mais tarde), tanto dos jogadores, quanto do Narrador. Claro que o narrador é o principal responsável, por ser ele a figura que propõe a aventura que os jogadores devem participar (play em inglês, mesma palavra usada para encenar uma peça). É função também do Narrador trabalhar com as outras ferramentas, podendo sempre contar com a participação e colaboração dos jogadores.
8) A audiência são os próprios participantes do grupo de RPG, ou seja, jogadores e narrador. Eles vivenciam a emoção de representar e assistir a se próprio atuando dentro da aventura.

A analogia RPG - Teatro foi boa? Deu para entender bem? Faça seu comentário, dê sua opinião, ajude a complementar esse quadro comparativo. Esse site é feito contando com sua participação!

Na próxima semana, falaremos sobre JOGO, a parte lúdica do RPG!


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