quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Resumo de Campanha Pandarium RPG - Capítulo 1 - O Sol Negro

Hoje começamos o resumo da nova campanha Pandarium RPG, narrada por um grande amigo meu, Matheus "Panda" Moura, no cenário de Tormenta, contada pelo meu personagem, o bardo Percival Shutterback.


Enquanto sinto o balanço da carroça, quase embalando meu cochilo da tarde, lembro que dez anos se passaram. Dez anos se passaram da noite do Sol Negro...

***

Seria mais um dia que eu, um jovem bardo humano de 15 anos, chamado Percival Shutterback, desfrutaria de um almoço no conforto do castelo de meu amigo e companheiro de música Merlin. Eu tocando bandolim e ele um exímio flautista. Eu, o primogênito do clã Shutterback, uma família de humanos nômades adotada pelo povo e pelos nobres locais da capital do reino Soloyalí. Ele, o príncipe desse mesmo reino, formado a menos de uma centena de anos na tríplice fronteira de Collen, Tollon e Montanhas Uivantes. Quando cheguei no castelo aquele dia, uma escuridão surgiu no seu céu e cobriu Azgher. As pessoas começaram a se refugiar dentro da fortaleza Soloyalí. Pouco tempo depois, reencontrei minha família.

Levi Postoya, o conselheiro do rei, anunciou a multidão que não haveria motivo para pânico, provavelmente seria uma brincadeira de Tenebra, a deusa da noite. Como ele estava enganado.

Cerca de uma hora depois, um gigantesco dragão sombrio tomou os céus, comandando uma horda de criaturas malditas. Vampiros. Matando inocentes, heróis, todos. Pensávamos que essa desgraça recaia apenas sobre nosso reino, mas minhas viagens como representante do reino em outros países nos anos vindouros me confirmaram que todos os reinos de Arton sofriam com a invasão dos vampiros. O dragão negro Yuriovich foi uma maldição adicional.

Os sobreviventes da região estavam no castelo. Logo, quando se notou que os ataques diários de vampiros não iriam cessar, um grupo de aventureiros foi reunido para derrotar o dragão, após uma semana. Ideia brilhante vinda do meu virtuoso amigo, agora Merlin tinha virado um estudioso. Ele largou a flauta e mergulhou na biblioteca arcana da família. Nos seus estudos, ele nos disse que o ataque dos vampiros, a criatura dracônica e o eclipse definitivo tinham ligação com uma maldição antiga.

Para desfazer a maldição, os melhores aventureiros reunidos tinham que derrotar o dragão. Mesmo com o terror em nossas vidas, surgiu uma fagulha de esperança. Logo estaríamos livres.

Praticamente todos os aventureiros morreram. Merlin, o único sobrevivente, se trancou na biblioteca, buscando entender o que houve de errado em seu plano.

Se passaram um ano de cerco, sofrimento e escuridão no castelo Soloyalí até Merlin sair da biblioteca e decidir ir sozinho enfrentar Yuri, com uma orbe de energia que ele mesmo tinha criado com seus estudos. Ele em quase nada se parecia com meu antigo amigo. Um poder arcano impressionante o ex bardo agora portava, assim como uma insuperável dor, vinda da compaixão por seu povo. Ele destruiu o dragão com sua orbe, mas acho que parte da alma dele foi destruída junto. O Sol Negro desapareceu, o dragão foi mortos, vampiros desapareceram, os sobreviventes viveram e seguiram em frente, menos o flautista.

***
 
Dez anos depois, Eric, o novo lorde do reino, irmão de Merlin, me convoca para um almoço. Lá vejo velhas caras conhecidas (outras nem tanto). Recebo minha nova missão: investigar um indício de que vampiros voltaram a agir, na terras de um dos regentes do reino Sorius. Como companheiros de viagem estão Maui... Maui tem uma história interessante. Ele se diz um semideus que perdeu os poderes e alguns anos depois, ele continua sem poderes e mais amargurado de perdê-los. Temos também um aventureiro exótico de Nitamu-ra chamado Raidon. Mercenário clássico. E para terminar, o último dos aventureiros, Rufus, o estranho elfo - diz ele que é cego, mas não acredito muito, porque - arqueiro cego com pedras preciosas nos olhos e que acerta todos os tiros, como notei mais tarde.
 
Hora do cochilo na carroça. Conto a vocês o que aconteceu depois, na minha próxima missiva.

Eu, Percival, me dispenso de vocês, lembrando sempre que nas lutas da vida, "use a força para chegar a glória!"

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